sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sobre o Prejuízo do Pré-Sal

Ontem, postei um trecho da coluna do Ancelmo Gois (@ancelmogois) do jornal O Globo (@oglobo)... hoje, o meu comentário sobre o assunto.
Os valores são altos? Sim.
Porém, não podemos esquecer que se trata de pré-sal, ou seja, exige muita pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para exploração e petróleo. Os valores sempre serão elevados e, muitas vezes, assustadores.
O investimento em tecnologias novas tem esses custos. Vamos comparar... vocês sabem quanto custava um celular (estilo tijolão) quando foi lançado? Muito caro!
Soluções tecnológicas dependem de P&D, investimento e tempo. Isso mesmo: tempo!
Repare nos celulares, smartphones e tablets que nos temos atualmente. Como avançamos em 5 anos!
Assim, será na área do Pré-Sal... onde teremos que explorar e produzir em uma profundidade enorme e com condições adversas. Novas tecnologias surgirão e devemos ter consciência de que cada passo errado, não é totalmente perdido para ciência... aprendemos com o erro... ajustamos e recomeçamos!
Não tenho dúvidas de que a exploração e produção no Pré-Sal ocorrerá em breve. 
Mas a pergunta é outra: Será que as empresas continuarão com os investimentos elevados e terão paciência?


7 comentários:

  1. Bom dia! Muitas vezes, a paciência pode estar sendo prejudicada pelo capital (falta dele) de muitas empresas. A crise econômica que eclodiu oficialmente em 2008 deve estar prejudicando muito. O retorno financeiro, apesar de ser uma atividade de elevado risco, é praticamente certo e em elevados valores. Como o mundo depende demais do petróelo (não só como combustível), vão pesquisar, desenvolver novos equipamentos, registrar novas patentes, explorar, etc. Mas o freio de mão está um tanto puxado. E talvez a logística tb, pois conseguir encomendar muiiiitos equipamentos, sondas de perfuração e plataformas pode ser até fácil (com falta de dinheiro não é). O problema é o tempo que levarão até ficarem prontos. Deve estar complicadíssimo também para os gerentes de projeto concluírem um trabalho bem feito.
    Nada é fácil, demanda dinheiro e paciência. A garotada na faixa dos 20 e que está aprendendo/se especializando na área vai se dar muito bem no futuro. E o futuro é logo ali (como passa rápido!).
    Espero ser um meio de ajudá-los nesse aumento de conhecimentos (isso o Sr. já faz).
    Um abração e felicidades.
    Eduardo

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  2. Dudu,
    a ideia da pergunta no final da minha postagem era exatamente reporta aos interessados o que mais está por trás do assunto... e você com sua visão, sempre apurada, trouxe esse excelente comentário!

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  3. É isso aí! O pessoal fica ansioso, temos necessidadaes que precisam ser satisfeitas com certa pressa, mas tudo tem seu momento certo, além de ser necessário estar no lugar certo e na hora certa, unido em amizades a pessoas que também podemos dizer "as certas". E para estar nessas situações, probalisticamente as chances são maiores de quem passa todo tempo antenado, lendo, estudando. Pessoal que fica exageradamente boa parte do seu tempo (eu disse exageradamente) saindo nas noitadas, BEBENDO e ouvindo pessoas que pouco querem da vida (desde que precisem vencer elevados obstáculos)tem a tendência de ficarem para trás. Falo para todos que o dinamismo dos nossos tempos (na minha visão)deve fazer com que as pessoas que querem algo mais nessa nossa problemática passagem por este mundo exige uma melhor divisão do tempo, pois ele passa rápido e as 24 horas de antigamente agora parecem 20. Não dá para se perder muito tempo com o que não é tão essencial (cada um é cada um. Então, depende do referencial). Todos que correrem atrás serão vitoriosos, pois não faltarão vagas no mercado. Seja privado ou público. Mas nada é de graça. E como ouço desde criancinha "Deus ajuda que cedo madruga".
    Abraços para o Sr. e, especialmente, em todos meus colegas de batalhas da Engenharia de Petróleo da Estácio e Cabo Frio.
    Dudu

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  4. Bom dia Professor,
    Acredito que toda essa questão esta embasada no custo/benefício que o projeto do Pré Sal pode trazer a estas empresas. Levando isso em consideração, o óleo contido na bacia é, em sua maioria, de qualidade superior ao já produzido no país, logo o lucro com a negociação é superior. Tendo em vista também que novas tecnologias empregadas no Pré Sal brasileiro, se bem sucedidas, podem ser levadas a outras localidades com condições semelhantes.
    Claro, o Pré Sal precisa de muita pesquisa, principalmente no que diz respeito a geologia em que se encontra, mas é um investimento, que a longo prazo pode trazer benefícios incontáveis.
    Um grande abraço professor.
    Flávio

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    1. Tássio França11:49

      Muito interessante estar lendo isso aqui hoje. Ontem mesmo voltando da faculdade conversava com uma amigo meu sobre o dinamismo do nosso tempo e da evolução tecnólogica desenfreada (graças a Deus), ao dialogarmos sobre o assunto profissões e futuro eu usei como exemplo o curso de engenharia de petróleo e gás que hoje é um dos cursos mais disputados nos concursos públicos e que tem esse crescimento baseado na evolução da exploração de petróleo nacional, que daqui a alguns anos (leia 60, 70 ou 80 anos) pode vir a ser uma graduação desconhecida caso novas descobertas no nosso ramo como a do pré-sal. Uma vez que como disse nosso caro colega dudu a exploração do petróleo não é necessário apenas como forma de combustível ( o que já é uma grande atribuição) o petróleo e fundamental na sociedade atual e imprencíndivel na evolução de nossa sociedade como um todo!
      Tássio

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    2. Tássio,

      Em países desenvolvidos é comum surgir novas profissões, bem como a extinção de outras. A sociedade é dinâmica. Portanto, a necessidade de novos profissionais, ou seja, a demanda do mercado de trabalho fazem o papel de regulador.

      Isso é bom! É sinal de que estamos no caminho certo.

      Para minha geração é muito legal e interessante participar deste processo. Verificar quanto crescemos como país nestes últimos anos, como sonhamos e trabalhamos para isso.

      Agora, chegou a vez de vocês... leve o Brasil para topo!!!

      Abraços,

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  5. Muito bem colocado Flávio... é assim que a pesquisa funciona e a tecnologia se torna acessível.

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