sexta-feira, 20 de maio de 2011

Questões sobre a Origem do Universo.

A teoria do Big Bang é interessante e fascinante. A ideia fundamental é que o Universo tem se expandido e esfriado desde que nasceu, há 13,7 bilhões de anos. Mas no início, ou seja, nos primeiros instantes, um breve período de expansão hiperacelerada do espaço e da matéria ocorreu conhecida como inflação cósmica. Esse conceito é amplamente aceito e muitas vezes é tomado como fato estabelecido.

Apesar da nossa limitação, conhecemos em parte o que o Cosmos se tornou. Portanto, examinando com mais detalhes, percebe-se que algumas condições específicas na origem do nosso Universo que desafiam os fundamentos lógicos com situações improváveis. Além disso, algumas observações astronômicas tem colocado a teoria da inflação cósmica em situação questionável.


Tudo que escrevo tem base no artigo Alternativas para o Universo Ser Como É - Consistência e inconsistências da teoria da inflação perturbam o sono de astrônomos teóricos e observacionais - de Paul J. Steinhardt na @sciambrasil.
Vamos comparar a Taxa de Crescimento do Universo, Em 10-30 segundo, o Universo foi ampliado por um fator de pelo menos 1025 em cada direção. A taxa se expandiu em um ritmo extremamente acelerado, puxando distantes regiões do espaço com velocidade maior que a da luz.

Para que isso acontecesse, a expansão ou "inflação" cósmica deveria ser extremamente uniforme, com variações diminutas na distribuição de matéria e energia. Além disso, deveria ser geometricamente plano, o que significa que curvas e dobras no tecido espaço-tempo não curvaram as trajetórias de raios luminosos e de objetos em movimento naquela época. Agora, como manter essas condições específicas numa expansão sem precedentes. 


Isso "mexe" com os cientistas! 


Um detalhe importante é alteração de temperatura. A Variação de temperatura para o funcionamento neste modelo inflacionário típico, o valor deve ser aproximadamente 10-15, ou seja, zero até 15 casas decimais. Se esta variação de temperatura fosse mais acurada, como zero até 10 casas decimais, teríamos um número maior de galáxias e espaços no Universo.

Alguns físicos teóricos defendem ideias interessantes. Um deles é o físico Roger Penrose, da University of Oxford, que fez algumas considerações com a matéria e chegou aos seguintes modelos: um modelo mais uniforme e plana da matéria e uma forma mais geometricamente plana; outras configurações levam a um Universo plano e uniforme diretamente sem inflação. Os dois conjuntos são raros, assim, de maneira geral, obter um universo plano é improvável. Calma que o choque é maior: A conclusão chocante de Penrose era que obter um Universo plano sem inflação seria muito mais provável do que com a inflação - por um fator 10100... UAU!!!


Calma, o choque ainda não terminou! Alguns cientistas dizem que a conclusão de Penrose pode nos levar a uma ideia mais fascinante de que a inflação é eterna, devido a física quântica combinada com a expansão cósmica provoca flutuações quânticas que formam regiões rebeldes (ops... nós somos rebeldes!), ou seja, o resultado é um mar espaços inflando envolvendo uma pequena ilha preenchida com matéria quente e radiação. E mais: regiões rebeldes geram novas regiões com essas características, assim como novas ilhas de matéria.


Você ainda não está em choque... vamos lá! As ilhas não são as mesmas... A natureza aleatória da física quântica assegura que algumas são altamente não uniformes e fortemente dobradas... os defensores de múltiplos universos agradecem... 


O autor faz a seguinte pergunta:
Assim, o nosso Universo é a regra ou a exceção? Em uma coleção infinitas de ilhas, é difícil de dizer.
Isso também aumenta as chances de que a História do Universo seja sempre um ciclo... mas isso é outra história.


Um Grande Abraço!

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